Em geral, o sujeito contemporâneo tem sentido que suas relações com o outro (familiar, profissional, social) sofrem de uma incompletude, de um desentendimento coexistindo com os momentos de felicidade e compreensão. Por conta disso, tanto a psicanálise quanto às psicoterapias são objetos de uma demanda por parte dos sujeitos, estes refugiados na solidão dos seus pensamentos e sofrimentos procuram um profissional psi para aliviar o peso dos seus sintomas e encontrar a resolução da sua questão ou a cura. Desse modo, torna-se um direito instituído se beneficiar de um tratamento psicológico ou psicanalítico, ao contrário de como se pensava tempos atrás quando as pessoas recorriam a esses trabalhos somente em situações de risco, “problemas dos nervos” ou tristeza profunda, e ainda nesses casos, sendo melhor tomar o solúvel remédio do psiquiatra. O fato é que mesmo com uma suposta modificação paradigmática do “psicólogo é para louco”, parece ainda haver uma confusão entre o fazer psicanalítico, psicológico e médico em meio aos esclarecimentos obtidos com o avanço da psicologia enquanto ciência e profissão. Assim sendo, a proposta do seminário em questão é discutir os fazeres relacionados ao psiquismo, com o enfoque nas diferenças e semelhanças que existem entre psicanálise e psicoterapia. A psicanálise, invenção de Freud, ainda é tida como psicoterapia, porém, distingue-se pela sua especificidade. Trata-se de determinar a seara e prática psicanalítica, pois para o entendimento geral e autoridades políticas, a psicanálise não seria mais do que uma psicoterapia; é o que se pode perceber com as tentativas de regulamentação da psicanálise. Torna-se importante afirmar o verdadeiro estatuto da psicanálise, tal como o fez Jacques Lacan, psicanalista francês, com seu retorno a Freud – retorno ao sentido da obra freudiana e a sua singularidade clínica –, esclarecendo-a diante das psicoterapias. Ainda se costuma escutar impropérios acerca da psicanálise e do psicanalista, como: a psicanálise é ortodoxa; o psicanalista não fala nada, portanto, só faz silêncio; a psicanálise é cara e demorada e o psicanalista não é dinâmico etc. Para poder falar a respeito dessas inverdades e relacionar o que diferencia e assemelha psicanálise e psicoterapia que o seminário se torna relevante.
Ministrado por Carlos Sapelli – CRP 12/08346
Psicólogo com atuação em clínica psicanalítica. Especialista em psicologia clínica: abordagem psicanalítica pela PUC- PR.
Objetivo: Apresentar as diferenças e semelhanças entre a psicanálise de orientação lacaniana e as psicoterapias, desmistificando a teoria psicanalítica face às psicoterapias.
Público-alvo: Estudantes de psicologia, psicólogos e demais interessados no tema.
Data: 20/08/11 (sábado) das 11h30 às 13h30.
Local: ACE/ Faculdade Guilherme Guimbala. Prédio do curso de Direito, 3º andar, sala 306.
Inscrições: Centro de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão da ACE, das 14h às 20h. (47) 3026 8254 – pos@aceadm.com.br. Falar com Letícia.
Valor: R$ 20,00
Informações: (47) 3227-6619/ (47) 9952-6619E-mail: sapelli.carlos@yahoo.com.br
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